terça-feira, 26 de maio de 2015

A torcer por ti desde 1995

Foi há 20 anos que nasceste. Foi há 20 anos que a tua mãe, com 17 anos, te esperava. Todos te esperávamos, há mais de uma década que não nasciam bebés na nossa família - na família próxima. Acho que todos tínhamos consciência de que a tua mãe era nova, mas a alegria de vir um bebé a caminho camuflava eventuais receios. A euforia de percorrer a secção de puericultura dos hipermercados à procura de coisas para ti era constante. O desejo que chegasses bem era o que mais realçava. O bem querer, o bem querer àquele bebé que estava a chegar não era mensurável. Esperar por ti foi mágico, fluía boa energia em torno da tua chegada. 
Tu chegaste no dia 26 de Maio de 1995, pouco antes das 17h, e eu fui a primeira pessoa a ver-te, depois da tua mãe. Eras um pequeno grande bebé: pequeno porque tinhas acabado de nascer, não tinhas ainda horas de vida; grande porque pesavas quase 4,5 Kg. A enfermeira com quem me cruzei no elevador do Hospital disse que estavas quase pronto para ir para a tropa. Fintei-te ali mesmo, olhei-te com carinho, acho que chorei, e amei-te. Não haviam mais bebés à nossa volta, eras tu, só tu, o "nosso" bebé
Na altura a tua mãe não sabia que a maternidade não é só rosas (eu também não sabia, ainda hoje há muita coisa que eu não sei), é também espinhos que magoam. Há espinhos dos quais temos de nos proteger, principalmente os que afetam o nosso bebé. Como sabes nem tudo foi fácil, mas acho que és um menino com boa índole e isso é o melhor resultado que podes ter de 20 anos de vida (serás sempre o menino).
Nem sempre estamos próximos, às vezes passamos temporadas sem nos vermos, mas quero que saibas que gosto muito de ti, torço muito por ti. Quero dizer-te que na vida há sempre dificuldades, há sempre obstáculos, o truque é aprender a contorná-los e só valorizar o que realmente interessa. Eu com 38 anos continuo a aprender muitas coisas relacionadas com o contornar obstáculos, lacunas e problemas, por isso, tu com 20 anos, se sentires dificuldades, não te preocupes. Não és um caso isolado.
Hoje só escrevo para te desejar o melhor do mundo. Parabéns Gué... É verdade, tu eras o Gué quando eras pequenino.
Muitos parabéns afilhado!

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